Ao longo da minha prática clínica com crianças, tenho-me deparado com casos que em muito ultrapassam a queixa inicial e apontada como razão para o recurso à Psicologia Clínica. Quase sempre os pais me procuram com uma expectativa de ajuda emergente.
Porque a infância deve ser encarada como uma fase de construção basilar de quem somos, composta por uma série de etapas de desenvolvimento rápidas e complexas, onde cada etapa importa ser vivida da melhor e mais saudável forma possível, para um futuro mental e organização psicológica mais promissores, é fundamental o olhar individual e exclusivo que assumo face a cada criança que me chega. E porque cada queixa só pode ser entendida quando se lê o tudo-o-mais que a envolve, convoco e elejo os pais e outros cuidadores como aliados para a resolução do caso.
Gosto que me ajudem a compreender cada aspeto da criança que me pediram para apoiar, gosto com eles de discutir estratégias remediativas e redescobrir as soluções emocionadas que a mais das vezes sempre lá estiveram.
Alexandra Lázaro